A Transformação Digital pode ser traduzida como o avanço tecnológico sistémico, que impactará as interações entre seres humanos de forma inédita. É uma mudança no panorama da sociedade nos âmbitos social, económico e empresarial.
1. O que é a Transformação Digital?
Transformação Digital é a expressão que usamos para descrever a necessidade de adaptação de negócios à Era digital – época que marca os dias de hoje e onde se enfrentam extensas e profundas mudanças na forma como a tecnologia é gerida e consumida.
Especialistas apontam que a inauguração da Indústria 4.0 é uma consequência direta da constante inclusão digital, da proliferação de objetos conectados e da extensa quantidade de dados disponíveis na rede.
A Transformação Digital é guiada pelos novos hábitos e interesses do consumidor. Uma vez que a jornada do cliente não é linear, é importante mapear os movimentos visando atuar da maneira certa – no momento certo.
2. O impacto da Transformação Digital na sociedade
Todas as grandes transformações dos modelos produtivos foram marcadas pela busca da melhor eficiência, redução de custos, inovação, entre outros diversos pontos que podem convergir para o crescimento das empresas. Com a Transformação Digital não é diferente.
Como em todas as outras fases, a Indústria 4.0 traz mudanças sociais e culturais para além da evolução tecnológica. Há uma longa curva de aprendizagem até que as empresas consigam aproveitar o potencial das tecnologias digitais na sua plenitude para que os setores possam evoluir gradativamente de acordo com as especificidades de cada um.
Em plena era da economia da atenção, na qual o consumidor vivencia o bombardeamento constante de informações em diferentes canais e aparelhos, as empresas disputam entre si pela atenção do cliente – e também com esse amplo fluxo de informações.
Ser relevante torna-se mais difícil. Mas o desafio é sempre acompanhado de oportunidades. Para acompanhar tudo isso, a tecnologia torna-se a maior aliada das instituições.
A Transformação Digital carrega a marca da convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, impactando diversos setores e beneficiando a vida de milhões de pessoas
Seja bem-vindo à Era da Revolução da Comunicação e do Conhecimento.
3. Porque é importante para a sua empresa?
A discussão entre online vs. offline está presa no passado, mas a verdade é que a integração destes ambientes continua a ser um desafio para várias empresas, desde pequenas empresas familiares a robustas empresas multinacionais.
Algumas das razões da resistência à mudança é o mito de que o processo de Transformação Digital será muito dispendioso e apenas as grandes empresas terão acesso a mudanças nas infraestruturas.
Atualmente, poucas empresas não utilizam tecnologia e há sempre algum investimento envolvido. No entanto, nem sempre as soluções mais económicas são as mais adequadas às necessidades das empresas. Soluções adequadas para os clientes, assim como para os parceiros, tendem a ser as mais eficazes e duradouras.
A Quarta Revolução baseia-se na abundância de dados disponíveis online e desenvolve-se com o número crescente de dispositivos ligados em rede. As tecnologias digitais emergentes, como a Internet das Coisas, Big Data, Blockchain e a Inteligência Artificial, por exemplo, oferecem um universo de possibilidades e oportunidades de negócio ainda maiores num curto espaço de tempo e será necessário investir no estudo de pelo menos algumas delas para garantir um lugar no futuro do mercado.
A utilização da computação em nuvem também acrescenta a este momento: é daí que vêm as ferramentas para criar novos serviços e é aí que são armazenados os dados em que se vão basear.
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4. Para que serve a Transformação Digital?
A Transformação Digital envolve uma revolução completa na forma como se trabalha e na forma como uma empresa coloca os produtos à disposição dos clientes. No entanto, este pode ser um processo muito doloroso para as empresas que prepararam as suas trajetórias de mercado, separando as estratégias empresariais das ações digitais.
Atualmente, não é suficiente melhorar a estratégia empresarial com redes sociais, serviços digitais para o cliente e aplicações para apoiar o desempenho no mundo físico. Em comparação com os grandes unicórnios que já nasceram digitais, existe uma relação notável entre o sucesso e uma estratégia empresarial relação notável entre o sucesso e uma estratégia empresarial concebida, desde o início, para o digital.
A disrupção digital consiste no percurso contínuo de digitalização do negócio, baseada em conhecimentos sobre a relação entre o consumidor e a nova tecnologia. E por digital entende-se a eliminação da diferença entre o físico e o digital. A estratégia deve ser uma só, integrada e relacionada com as tendências atuais.
Os dois maiores desafios para as empresas no processo de Transformação Digital são a remodelação do negócio para o digital e a digitalização dos processos internos.
5. O Processo da Transformação Digital
Digitização
Digitalização
Transformação Digital
6. Impulsionadores da Transformação Digital
A computação em nuvem é a distribuição de um conjunto amplo de serviços de computação via Internet, como fornecimento de redes, armazenamento e banco de dados, software e servidores.
Entre os benefícios da computação na nuvem, estão a promoção de acesso mais rápido e flexível às ferramentas colaborativas, de inovação e geração de economia em escala.
O seu modelo de negócio mais disseminado é o Software as a Service (SaaS), que consiste na distribuição de aplicações de software pela Internet mediante assinatura. Os gigantes da indústria de tecnologia da informação têm data centers de instalações enormes espalhados por todo o mundo para hospedar arquivos de empresas com segurança, evitando perdas de dados e interrupções de acesso.
Segundo especialistas em tecnologia, os dados são o novo petróleo.
Toda navegação da Internet deixa rastro e, num mundo ultraconectado, existe uma gama de oportunidades para recolha, interpretação e utilização dessas informações em prol das tomadas de decisões mais estratégicas.
Big Data refere-se aos dados que crescem de forma exponencial e desestruturada na Internet e são norteados por três fatores: volume, variedade e velocidade de dados. Mas para além de sua captura, o fator determinante para transformar dados em valor é a análise criteriosa dessa massa de números para transformá-los em informação.
O cruzamento de diferentes descobertas acerca do utilizador, como a partilha de informações em diferentes plataformas, geolocalização, entre outros, permite entender fatores comportamentais, motivações e expetativas. Além de gerar um mindset analítico que orienta decisões mais alinhadas com o seu negócio.
Através da estruturação da recolha de dados, o Big Data torna-se numa ferramenta poderosa para gerar insights para negócios, antecipar necessidades dos clientes e inovar com base em decisões assertivas, gerando resultados mais eficientes.
A Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT) é uma rede de objetos físicos dotados de componentes eletrónicos, como sensores e softwares, capazes de recolher e trocar dados entre si e com o utilizador.
A IoT é uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens utilizados no dia a dia à internet. As soluções aprimoram e dinamizam a experiência diária, melhorando a eficiência das ações quotidianas.
Cada “coisa” é identificável através de um sistema computacional, e está habilitada a operar dentro da atual infraestrutura da Internet. Essa rede de objetos inteligentes abre caminho para uma nova seara de produtos e serviços com enorme potencial para modificar mercados e economias exponencialmente – e já estão presentes em nosso quotidiano.
As aplicações são tão amplas e diversas quanto o seu poder disruptivo: implantes para monitorização cardíaca, transpondedores para animais em quintas, controlo de stock e de produção via RFID, automóveis com sensores incorporados, automação residencial, segurança, entre outras soluções.
Não somente inteligentes, os objetos também podem ser autónomos, agindo de acordo com contextos e semânticas específicas, acelerando a produtividade e superando deficiências de infraestrutura para promover a inovação.
O Blockchain é um mecanismo de registo de informações totalmente descentralizado, criado durante o boom das fintechs para validar transações financeiras criptografadas, através de moedas virtuais, como as Bitcoins. A tecnologia traz segurança para validar as operações digitais, com sistemas distribuídos no lugar dos monolíticos.
Este sistema é baseado em uma arquitetura de redes de computadores chamada Peer-to-Peer (P2P), criada para funcionar tanto com o cliente, como com o servidor, e permite a partilha de dados sem a necessidade de um servidor central.
A tecnologia surgiu primordialmente para facilitar o intercâmbio de música na internet, mas alcançou uma nova dimensão ao servir de base para a criação das criptomoedas.
Como em qualquer sistema monetário, as transações virtuais também necessitam de um registo para oferecer garantias ao negócio. É neste momento que entra o Blockchain, entendido como o conjunto de regras que faz a moeda funcionar.
Nesse contexto, para validar uma operação, o Blockchain transmite informações para o maior número possível de computadores. Quando um computador acumula muitos registos sobre transações em aberto, ele reúne-as num único bloco e cria uma anotação matemática complexa com base nos valores do bloco de transação.
Quando um computador resolve o problema, o bloco de transação é considerado válido e é distribuído para os demais computadores da rede. A complexidade do código matemático torna improvável que dois computadores criem um bloco de transação válido antes de ele ser distribuído em toda a Internet.
Como o nome Blockchain indica, esses blocos são encadeados, criando um novo, sempre com referência ao bloco anterior já validado. Dessa forma, blocos recentes, teoricamente, são mais vulneráveis, mas os blocos mais antigos ficam cada vez mais seguros com a criação de novos blocos.
A Inteligência Artificial é um ramo da ciência da computação que procura, através da tecnologia, construir mecanismos e sistemas que simulam as capacidades humanas de pensar, solucionar problemas e acumular aprendizagens.
De maneira prática, a Inteligência Artificial baseia-se na capacidade de um software refinar o seu funcionamento ao mesmo tempo que aprende com as situações.
Para que isto seja possível, é necessário o desenvolvimento de um campo da tecnologia chamado Machine Learning, um método de análise de dados e padrões que automatiza a construção de modelos mais elaborados. Desta forma, todos os dados gerados pela tecnologia são automaticamente utilizados para melhorar o sistema, minimizando a necessidade de intervenção humana.
Cada vez mais disseminada, hoje é possível encontrar IA em telefones, carros, casas, bancos, restaurantes, call-centers, SACs, linhas de produção e muitos outros lugares.
Uma das aplicações mais populares são os chatbots, programas que simulam o comportamento humano em conversações via chat online. Programando atitudes e frases, a cada interação o chat refina o seu sistema e passa a promover conversas mais humanizadas e respostas mais acertadas.
Além dos chats, algumas aplicações da IA, como carros autónomos, linhas de produção, logística de transporte e planeamento agrícola, já são realidades e causam impactos relevantes na economia mundial. A tendência é que estes programas ganhem complexidade e tenham o seu processamento otimizado, de forma a inserir a IA a uma grande variedade de serviços.
7. Agentes da transformação digital
A Transformação Digital é uma estrada com uma única direção – mais cedo ou mais tarde, todas as empresas vão passar por esse caminho.
O processo de mudança para o digital é benéfico, e vital, tanto para as empresas que têm a oportunidade de adquirir modelos de negócios mais adaptáveis e construir um ADN de inovação, quanto para os clientes, que podem aproveitar o potencial de integração que a tecnologia oferece.
Existem três agentes da transformação digital que atuam como motores deste processo: a tecnologia, a jornada não-linear e os novos modelos de negócio.
O primeiro propulsor da Transformação Digital é, evidentemente, a tecnologia: é a força capaz de fazer com que o consumidor mude rapidamente o seu comportamento. Alguns exemplos de tecnologias e dispositivos digitais vão desde Bitcoins e Blockchains, até a pagamentos e utilizáveis NFC através de realidade virtual e sensores que funcionam através de IA.
Numa grande empresa, este processo de adoção de tecnologia é mais lento do que no mundo dos consumidores, uma vez que existem fatores inibidores da transformação, como a falta de conhecimento e o legado tecnológico-cultural que a solução pode trazer. Há uma perceção de um grande risco envolvido na mudança do modelo empresarial de uma grande empresa, mesmo utilizando tecnologias inovadoras.
Neste contexto, o setor da Tecnologia da Informação das empresas surge como um grande aliado, assumindo um novo papel. Esta reafetação faz com que as ações do profissional de TI deixem de ser operacionais, passando a ser estratégicas, adquirindo a responsabilidade de repensar processos estruturais.
Alguns dos benefícios incluem o aumento da eficácia e rapidez da transformação, eliminando erros, reduzindo os custos operacionais e, consequentemente, diminuindo os riscos. Desta forma, o conhecimento da TI é aliado a uma gestão mais eficaz e moderna dos próprios modelos de negócio.
Uma mudança crucial passa a ser a não-linearidade da jornada do utilizador, que torna-se mais complexa e gera desafios e oportunidades de negócios.
No passado, a capacidade de mapear o caminho percorrido pelo cliente até a conversão era mais simples, Hoje, tem-se interações com diversos canais antes da tomada de decisão.
Em um cenário onde o novo consumidor é superinformado e influenciado por uma vastidão de pontos de contato, o escopo do funil de vendas é modificado e a funcionalidade das ações precisam de ser constantemente monitorizadas.
No contexto da Transformação Digital, já não é suficiente ser apenas mobile-first.
A regra agora é ser digital-first. O mercado exige boa performance em todos os tipos de ecrã, uma vez que o utilizador possui um comportamento multicanal. Portanto, ser digital first compreende não só a priorização das estratégias digitais em detrimento das offline, como a reinvenção do negócio a partir das oportunidades geradas pelo ambiente online.
Para desbloquear todo o potencial de inovação tecnológica nos negócios, é necessário criar uma nova cultura corporativa, mais digital e flexível, antecipando tendências de mercado.
Nesta nova fase, os funcionários devem ter um perfil colaborativo, de troca de ideias com outras áreas, além de possuírem empatia pelo trabalho dos outros.
8. As 3 frentes da Transformação Digital
Na MJV, entendemos que o processo de Transformação Digital pode ser ainda mais fluido e eficaz quando se une ao Design Thinking, o Ágil e à Inovação Aberta.
O Design Thinking, através das suas técnicas de investigação, fornece o entendimento necessário sobre os clientes. O Ágil diminui o impacto da transição de framework nas equipas, mantendo a produtividade alta e minimizando erros. A inovação Aberta permite criar um ecossistema de inovação que acessa capital humano qualificado fora da empresa, produzindo soluções de negócios em espectros de atuação que, de outra forma, não seriam concebidas.
A integração dessas 3 metodologias compõe a oferta de Transformação Digital da MJV. Abordamos em diferentes níveis as 3 frentes da Transformação Digital. São:
Digital Mindset
Consumer Data-Driven
Business Disruption
9. Fases de adesão à estratégia digital
As fases de adesão à estratégia digital discorrem sobre o nível de inclinação das corporações à transformação, bem como a aceitação da realidade digital nos negócios e a curva de aprendizagem até que se atinja a inovação adaptativa.
Dividimos as fases de adesão à estratégia digital em 4 categorias:
Não Existente ou Pouco Disseminado
Presente mas não formalizada
Operar a Nível Estratégico
Inovação Adaptativa
10. O impacto da Transformação Digital nos setores
Na era digital, um negócio de sucesso é aquele que está constantemente a redescobrir o valor que os seus clientes atribuem ao seu produto ou serviço. Há a necessidade de estabelecer uma sinergia com o cliente, investir na pesquisa de interesses e processos de mudança, à medida que estes se tornam prática comum no mercado.
A tecnologia funciona como um importante catalisador de mudança de comportamento nas empresas, tanto a nível interno como externo. Contudo, esta metamorfose não se relaciona apenas com a inserção de novas tecnologias no negócio, mas responde também por toda uma modificação da estrutura e cultura organizacional com o objetivo de semear e promover a inovação.
O comportamento do consumidor mudou. A divulgação e o acesso à Internet moldaram o consumidor habituado a obter respostas imediatas. E a hiper-conectividade dos utilizadores cria viagens de compra cada vez mais imprevisíveis.
O cliente hiperligado exige produtos e serviços mais ajustados às suas necessidades, uma vez que os seus hábitos são agora diferentes. Os novos consumidores não se hospedam em hotéis como antigamente, não se deslocam pela cidade da mesma forma, nem ouvem música ou vêem filmes da mesma forma.
Neste contexto, a relação entre marcas e utilizadores assume uma nova dimensão. As interações entre os utilizadores e as marcas tornam-se mais rápidas e recorrentes, aumentando drasticamente o volume de informação criada. Para controlar a sua nova fase, as empresas de diferentes nichos precisam de ver a tecnologia como uma ferramenta que gera oportunidades de negócio para facilitar a ligação com o utilizador e assegurar resultados mais assertivos.
Muitos pensam, contudo, que esta é uma conversa para os próximos anos. Será também. Mas a Era da Transformação Digital já começou e vários setores já estão conscientes das novas oportunidades de negócio que emergem desta mudança.
Saúde
O debate sobre os avanços tecnológicos na saúde tem aumentado consideravelmente entre os investigadores e profissionais. Quando se fala em inovação tecnológica na saúde, fala-se em reduzir os custos operacionais e melhorar a produtividade para criar um impacto positivo na experiência do paciente.
O futuro da saúde passa pela individualidade do tratamento. Nos últimos anos, os hospitais têm investido cada vez mais em tecnologias que contribuem para a personalização do diagnóstico, assim como para a eficácia dos procedimentos médicos, como a telemedicina, neuromedicina, utilizáveis, gráficos eletrónicos, grandes dados, entre outros.
Atualmente, as unidades de saúde já contam com consultas virtuais para situações em que não há um perito disponível. Através da Telemedicina, por exemplo, os residentes em áreas remotas podem receber cuidados médicos. Com a utilização de dispositivos utilizáveis, é possível monitorizar a própria saúde, entre outras vantagens.
O campo da saúde está a transformar-se rapidamente, e a constante evolução das soluções está a impulsionar o desenvolvimento do setor. Como resultado final, a transformação digital no setor da saúde fá-lo para que as pessoas possam viver mais tempo e com melhor qualidade de vida.
Seguros
Mais ligado, bem informado e empenhado do que nunca, o setor dos seguros está consciente das mudanças que ocorrem no comportamento dos consumidores. Para se manterem atualizadas no mercado competitivo, as empresas estão a utilizar a Transformação Digital para redesenhar as suas estratégias.
O novo consumidor tem grandes expectativas sobre os produtos oferecidos pelas companhias de seguros, exigindo uma combinação de rapidez, transparência, conveniência e segurança. Estas características são importantes para o desenvolvimento de ofertas inovadoras, que utilizam tecnologias como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial.
Nos seguros residenciais, os smartphones ligados a sensores instalados nas casas permitem ao utilizador controlar os alarmes e monitorizar a localização. Nos seguros de vida, os smartwatches e os sensores biométricos podem monitorizar dados, como a frequência cardíaca, tensão arterial, entre outros sinais vitais do utilizador, fornecendo dados constantes que encorajam uma melhoria dos hábitos saudáveis.
Os seguros de automóveis também são tidos em conta. As companhias de seguros utilizam a telemetria para monitorizar o comportamento dos utilizadores nos veículos, registando as suas ações e compilando os vídeos para identificar normas e traçar perfis de condutores.
Qualidade de Vida
As aplicações tecnológicas permitem aos indivíduos o livre acesso a um mundo de informação em qualquer lugar. Esta nova realidade está diretamente relacionada com a Transformação Digital, através da qual era possível colocar em dispositivos serviços que antes estavam associados a locais físicos que exigiam viagens.
As visitas constantes aos consultórios médicos, por exemplo, foram parcialmente substituídas por aplicações. Diabéticos que podem testar as suas quantidades de insulina, atletas que seguem o seu treino e dietas, resultados de exames que são enviados via e-mail e agendamento de exames são algumas das atividades que antes exigiam tempo e esforço e que agora estão disponíveis num ecrã móvel.
As chamadas “cidades inteligentes” também influenciam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos. Com a ajuda de novas tecnologias, situações de emergência podem ser resolvidas mais rapidamente, a libertação de gases poluentes está a diminuir cada vez mais, os tempos de viagem são reduzidos, assim como todos os métodos desenvolvidos para combater a violência, roubos e furtos.
Formas mais sofisticadas de vigilância e análise, apoiando-se na grande quantidade de dados criados pelas tecnologias, otimizam as práticas de saúde, segurança, transporte, entre outras, garantindo que a Transformação Digital desempenhe um papel fundamental no aumento da qualidade de vida dos cidadãos.
Automação Residencial
O mercado de Casas Inteligentes está a crescer e a trazer facilidade aos consumidores de tecnologia em todo o mundo. Cada vez mais dependentes da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas, as soluções tecnológicas para a automação residencial estão concentradas em trazer praticidade, segurança e conforto ao residente.
Entre as principais tendências do setor, as que mais excitam são as câmaras inteligentes de alta resolução, com as quais será possível identificar objetos, pessoas e movimentos a fim de programar ações específicas, implementar o reconhecimento facial de uma vez por todas, ligar e desligar automaticamente as luzes, assim como proporcionar segurança aos ambientes.
A integração adequada de áudio, vídeo, iluminação e climatização também torna possível as Multi-zonas, com sistemas áudio multi-zonas que asseguram uma imersão e conforto como nunca antes. Tudo isto ligado a um único wi-fi, capaz de ser controlado remotamente ou, muitas vezes, por reconhecimento de voz.
Transportes
O setor dos transportes é profundamente afetado pela Transformação Digital, tanto do lado do transporte pessoal, como do de mercadorias.
Planear melhores rotas, estimar corretamente o tamanho dos camiões para carga, e seguir frotas através de GPS, o transporte de mercadorias é constantemente otimizado para criar resultados ainda melhores. Além disso, os veículos têm agora vários relatórios, que permitem prever problemas e defeitos, detetar se o condutor está a conduzir corretamente e a percorrer as distâncias no tempo planeado.
O transporte pessoal, por outro lado, também sofre profundas transformações. Se o transporte urbano privado se tornou popular devido a aplicações que permitem preços mais acessíveis, para veículos pessoais, estão também a surgir várias tecnologias que garantem experiências melhores e mais seguras. Num futuro próximo, os veículos terão dispositivos de Inteligência Artificial que aprendem e se adaptam à rotina do condutor, capazes de, digamos, tocar a sua estação de rádio preferida ou sugerir o melhor caminho para o trabalho.
Além disso, os motores elétricos, painéis solares e baterias sem fios são cada vez mais comuns, diminuindo gradualmente os danos ambientais e os custos de produção e manutenção automóvel.
Ensino
A Transformação Digital oferece benefícios a todos os envolvidos na viagem educativa. As principais tendências neste setor visam oferecer autonomia ao estudante, diminuindo os encargos sobre outros setores da instituição, e utilizando o Big Data para abordagens educativas mais personalizadas e eficazes.
Recentemente, a MJV realizou um projeto com uma instituição de ensino superior. Com a criação de uma aplicação de auto-atendimento, foi possível diminuir as filas de espera nos escritórios administrativos, o número de queixas e também ajudar no percurso do estudante de várias maneiras, como criar a sua agenda, adiar os estudos, após a inscrição, lembretes de testes, emissão de documentos, entre outras utilizações. A aplicação também disponibiliza material de estudo e recompensa os estudantes mais empenhados.
A Transformação Digital também permite a expansão do Ensino à Distância. Neste tipo de ensino, o professor e os alunos não precisam de estar fisicamente no mesmo espaço, e as aulas decorrem virtualmente, poupando tempo e dinheiro e facilitando a vida das pessoas envolvidas. Além de ser prático, o Ensino à Distância também permite que o conhecimento chegue a lugares mais isolados, longe das grandes cidades, o que integra os estudantes outrora excluídos com centros de aprendizagem.
Por outro lado, a utilização de Big Data traz benefícios diretos à aprendizagem de um estudante, porque a partir dela é possível compreender quais as abordagens mais assertivas e oferecer melhores resultados aos diferentes tipos de estudantes, identificando áreas problemáticas de distração ou falta de motivação, e a partir delas criar materiais mais adequados.
Roupa e Calçado
A tecnologia chegou ao mercado do vestuário e acessórios, trazendo novas utilizações às peças e capturando informações importantes sobre bem-estar e saúde. As camisas inteligentes, por exemplo, têm sensores capazes de detetar o ritmo cardíaco, padrões respiratórios, localização via GPS, entre vários outros dados que podem ser partilhados e analisados a partir de um telemóvel.
Além disso, existem os já populares smartwatches, que recolhem informações como o número de passos, ritmo cardíaco e qualidade do sono, e podem também acionar alarmes de acordo com os parâmetros escolhidos. Este é o caso de muitos diabéticos ou pessoas submetidas a tratamento médico contínuo, que programam a sua vigilância para os alertar sobre a hora correta de tomar a medicação.
Funcionalidades semelhantes ocorrem em vários outros produtos no mercado, que já incluem mochilas eletrónicas, que têm um carregador de telefone USB, pijamas com sensores, para estudar a qualidade do sono de adultos e crianças e sapatilhas com aquecedores, para prevenir problemas em dias de chuva.
Agronegócio
Desde uma ferramenta simples para controlar a colheita até aos sistemas complexos de rastreio, o agronegócio é um dos setores que mais beneficia da Transformação Digital.
A produção agrícola, por exemplo, é mais protegida e precisa quando supervisionada por sensores, que estejam no solo, ligados através da Internet das Coisas, ou aéreos, através de drones. A Internet das Coisas também reduz os custos e aumenta a eficiência ao permitir a inserção de sensores em tratores, fertilizantes e ceifeiras, ajudando a executar tarefas como a fertilização, a sementeira e a colheita. Indicadores como o solo, pH e clima são analisados de uma forma mais precisa, garantindo melhores colheitas.
A gestão do campo também beneficia destas tecnologias, ajudando os homens de negócios rurais na sua tomada de decisão: os GPS que permitem a localização de frotas, a cartografia de calor, o controlo fitossanitário, assim como as utilizações para a gestão de equipas e produções sustentáveis originam resultados cada vez melhores no terreno.